quarta-feira, 15 de maio de 2013

“Deus criou o homem a sua imagem”




O homem é o que ele vê, e o que ele interpreta como representação visual, baseado na sua cultura, e suas tradições. Uma obra de arte só tem valor quando conhecemos o seu autor. Para isso, as significações, e as várias representações do que chamamos de imagem parte do olho de cada um que à enxerga.
Para Platão “Chamamos de imagens em primeiro lugar as sombras, depois os reflexos que vemos nas águas ou na superfície de corpos opacos, polidos e brilhantes, e todas as representações do gênero”. “Imagem, portanto, no espelho é tudo o que emprega o mesmo processo de representação; já percebemos que a imagem seria um objeto segundo com relação a um outro que ela representaria de acordo com certas leis particulares”. (JOLY, Martine; “Introdução à análise da imagem”;pg.16 - ed.4)
As obras de arte são na maioria das vezes, representações socioculturais de época. A “Arte Moderna” por sua vez surgiu nos fins do século XIX, reagindo contra as obras clássicas. Os primeiros pintores modernos foram os impressionistas, que escolhiam cenas de exteriores, pessoas humildes, paisagens e vários outros aspéctos como seus temas. No entanto a arte moderna surgiu para driblar as censuras impostas através da arte.
Na psicologia, a imagem se projetam nas fantasias, ilusões, imaginações e sonhos . Os objetos e as paisagens  podem ser  projetados na mente através do olfato, paladar , tato e audição.  Um fato muito comum é a imagem ser criada na nossa imaginação quando lemos um livro. O local e a descrição dos objetos nos fazem enxergar todos estes, principalmente quando fechamos os olhos. A imagem fica mais nítida, mais real e muitas vezes em dimenções ilimitadas. Por isso que muitos livros se tornam filmes. Quem não teve a sensação de assistir um filme após ter lido o livro e comparar as imagens do filme com as que imaginava quando se estava lendo?A imagem não é projetada apenas pelos nossos sentidos, ela é definitivamente aquilo que nós queremos ver, a partir de cada objeto ou cena, seja ela fixa ou  móvel. Várias pessoas vendo uma mesma imagem terão interpretações diversas. O mesmo indivíduo olhando para o mesmo objeto mais de uma vez, terá interpretações ociladas. “Quando o homem  (no processo da sua evolução, se inclinando de sua curvatura) enxergou pela primeira vez o horizonte, por um segundo de descuido, logo retomando sua visão,  já não enxergava mais o mesmo horizonte que havia enxergado antes”( Uma observação da aula do Prof. Oswando em Comunicação, Cultura & Arte, Uniso 2006 ).
A religião teve tempos de guerra por causa da imagem.  “A proibição Bíblica de se fabricar imagens e prosternar-se diante delas ( 3º mandamento ) designava a imagem como estátua e como deus. Uma religião monoteísta tinha como dever, portanto, combater as imagens, isto é, os outros deuses. Mais próximas de nós, no Renascimento, a questão da separação da representação religiosa e da representação profana, estará na origem do surgimento dos gêneros pictóricos. Mesmo “abolido, o iconoclasmo bizantino influenciou toda a história da pintura ocidental.” ( JOLY, Martine; “Introdução à análise da imagem”;pg.18 - ed.4)
Na mídia, a imagem se confunde entre meios e produtos. A publicidade se transforma em imagem na televisão e nos dá impressão que os dois têm o mesmo sentido quando observamos suas criações gráficas. A televisão é apenas um meio que divulga as imagens através de conversores tecnológicos. Hoje esses conversores estão dando um novo olhar a imagem com a imagem digital. A publicidade é um produto de criação que pode ser visto como imagem, mas também ouvido nos rádios com o mesmo sentido que a imagem têm nas telas e nos jornais e revistas. “De fato, considerar que a imagem contemporânea é a imagem da mídia- e que a imagem da mídia por excelência é a televisão ou o vídeo- é  esquecer que coexistem, ainda hoje, nas próprias mídias, a fotografia, a pintura, o desenho , a gravura, a litografia etc., todas as espécies de meios de expressão visual que se consideram  “imagens””. ( JOLY, Martine; “Introdução à análise da imagem”;pg 15 - ed.4)

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