O homem é o
que ele vê, e o que ele interpreta como representação visual, baseado na
sua cultura, e suas tradições. Uma obra de arte só tem valor quando conhecemos
o seu autor. Para isso, as significações, e as várias representações do que
chamamos de imagem parte do olho de cada um que à enxerga.
Para Platão
“Chamamos de imagens em primeiro lugar as sombras, depois os reflexos que vemos
nas águas ou na superfície de corpos opacos, polidos e brilhantes, e todas as
representações do gênero”. “Imagem, portanto, no espelho é tudo o que emprega o
mesmo processo de representação; já percebemos que a imagem seria um objeto
segundo com relação a um outro que ela representaria de acordo com certas leis
particulares”. (JOLY, Martine; “Introdução à análise da imagem”;pg.16 - ed.4)
As obras de
arte são na maioria das vezes, representações socioculturais de época. A “Arte
Moderna” por sua vez surgiu nos fins
do século XIX, reagindo contra as obras
clássicas. Os primeiros pintores modernos
foram os impressionistas, que escolhiam cenas de exteriores, pessoas humildes, paisagens e vários outros
aspéctos como seus temas. No
entanto a arte moderna surgiu para driblar as censuras impostas através da
arte.
Na psicologia, a imagem se projetam nas
fantasias, ilusões, imaginações e sonhos . Os objetos e as paisagens podem ser
projetados na mente através do olfato, paladar , tato e audição. Um fato muito comum é a imagem ser criada na
nossa imaginação quando lemos um livro. O local e a descrição dos objetos nos
fazem enxergar todos estes, principalmente quando fechamos os olhos. A imagem
fica mais nítida, mais real e muitas vezes em dimenções ilimitadas. Por isso
que muitos livros se tornam filmes. Quem não teve a sensação de assistir um
filme após ter lido o livro e comparar as imagens do filme com as que imaginava
quando se estava lendo?A imagem não é projetada apenas pelos nossos sentidos,
ela é definitivamente aquilo que nós queremos ver, a partir de cada objeto ou
cena, seja ela fixa ou móvel. Várias
pessoas vendo uma mesma imagem terão interpretações diversas. O mesmo indivíduo
olhando para o mesmo objeto mais de uma vez, terá interpretações ociladas.
“Quando o homem (no processo da sua
evolução, se inclinando de sua curvatura) enxergou pela primeira vez o
horizonte, por um segundo de descuido, logo retomando sua visão, já não enxergava mais o mesmo horizonte que
havia enxergado antes”( Uma observação da aula do Prof. Oswando em Comunicação,
Cultura & Arte, Uniso 2006 ).
A religião teve tempos de guerra por causa
da imagem. “A proibição Bíblica
de se fabricar imagens e prosternar-se diante delas ( 3º mandamento ) designava
a imagem como estátua e como deus. Uma religião monoteísta tinha como dever,
portanto, combater as imagens, isto é, os outros deuses. Mais próximas de nós,
no Renascimento, a questão da separação da representação religiosa e da
representação profana, estará na origem do surgimento dos gêneros pictóricos.
Mesmo “abolido, o iconoclasmo bizantino influenciou toda a história da pintura
ocidental.” ( JOLY, Martine; “Introdução à análise da imagem”;pg.18 - ed.4)
Na mídia, a
imagem se confunde entre meios e produtos. A publicidade se transforma em
imagem na televisão e nos dá impressão que os dois têm o mesmo sentido quando
observamos suas criações gráficas. A televisão é apenas um meio que divulga as
imagens através de conversores tecnológicos. Hoje esses conversores estão dando
um novo olhar a imagem com a imagem digital. A publicidade é um produto de
criação que pode ser visto como imagem, mas também ouvido nos rádios com o
mesmo sentido que a imagem têm nas telas e nos jornais e revistas. “De fato,
considerar que a imagem contemporânea é a imagem da mídia- e que a imagem da
mídia por excelência é a televisão ou o vídeo- é esquecer que coexistem,
ainda hoje, nas próprias mídias, a fotografia, a pintura, o desenho , a
gravura, a litografia etc., todas as espécies de meios de expressão visual que
se consideram “imagens””. ( JOLY, Martine; “Introdução à análise da
imagem”;pg 15 - ed.4)
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